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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

História Política e Jornalismo Político, com Gilberto Nascimento da Carta Capital

Nesta última quarta-feira, dia 05/08/09, o NIBRAHC realizou um debate com o jornalista editor da Revista Carta Capital, Gilberto Nascimento que contou um pouco de sua trajetória de vida e de sua militância através do jornalismo.




O dia 05 de agosto de 2009 ficou marcado na história do Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea, pois nele foi realizado um debate com o conceituado jornalista e editor da Revista Carta Capital, Gilberto Nascimento.
Durante esse encontro ele pode contar um pouco da sua trajetória no jornalismo, desde o início, nos jornais de bairro, até os dias de hoje na importante revista Carta Capital. Contou também um pouco de como funciona a redação de uma grande revista e também sobre a ética jornalista.
Ao longo de 3 horas de conversa, o jornalista respondeu diversas perguntas dos membros do NIBRAHC, em especial os graduandos de comunicação social que demonstraram muito interesse em conhecer suas experiências profissionais. Com isso questões polêmicas como a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo, estiveram em pauta. Sobre essa questão, o jornalista Gilberto Nascimento argumentou que não é o diploma que faz o jornalista, pois existem pessoas que praticam o jornalismo sem serem graduadas na área, enquanto muitos com diploma não são verdadeiramente jornalistas, entretanto, ele ressaltou que a não obrigatoriedade resultaria em perda de direitos trabalhistas para a categoria, que por sinal, já sofre com a negação de muito dos seus direitos.
Uma outra questão comentada pelo editor da Carta Capital, a pedido do Profº Oswaldo Munteal, foi o caso Herzog, que segundo o qual foi essencial para a articulação da imprensa com a sociedade civil em oposição à ditadura militar. Finalizou o assunto falando um pouco sobre a importância da memória e da luta travada por ele e a Carta Capital para trazerem à sociedade temas históricos que muitos desejam que continuem sem revisão, como os casos de diversos torturadores, que mesmo tendo agido cruelmente com milhares de seres humanos durante a ditadura, até hoje se encontram impunes, sem serem julgados. Também comentou o caso sobre o possível assassinato do Presidente João Goulart, em 1976, um caso que ainda está sendo apurado e a Carta Capital pretende não deixar cair no esquecimento.
A lição que ficou do jornalista e editor da Revista Carta Capital foi a de que a verdade deve prevalecer, o jornalismo não deve priorizar o lucro em detrimento à verdade, pois a verdade é direito do povo e não apenas de uns poucos, sendo assim, historiadores, cientistas sociais e todo meio acadêmico devem trabalhar para levá-la à sociedade para que esta julgue o que é necessário mudar.
Infelizmente, não é possível dissertar mais sobre a palestra, pois o espaço do blog é limitado, entretanto, fica aqui o agradecimento do NIBRAHC ao jornalista Gilberto Nascimento que mesmo de férias, cedeu gentilmente esse pequeno tempo ao nosso núcleo.


Texto: Edson Machado / Revisão: Juliana Felix

2 comentários:

  1. A presença do jornalista possibilitou aos presentes esclarecer diversas dúvidas. Vale ressaltar a relação de poder (econômico) que os meios de comunicação exercem na população, seja na política, na educação ou qualquer segmento da sociedade ou indivíduo que não possua ou exerça o pensamento crítico.
    Adorei o evento! Parabéns ao NIBRAHC.

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  2. Certamente essa foi uma palestra inesquecível, o que mais me chamou atenção foi o compromisso com a verdade que o jornalista possui, algo que hoje em dia é deixado de lado não apenas no jornalismo, mas também no meio acadêmico.
    Parabéns a todos do NIBRAHC, seja pela organização,fotos,perguntas ou esforço que muitos fizeram para comparecerem a palestra.

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